Falei com um amigo que eu não via a uns dois anos. Ele tinha "desaparecido", deletou facebook e tudo o mais, e ai perdi o contato. Agora ele voltou, acabei puxando assunto. Conheci ele na sexta série, já faz 10 anos. Agora ele é pai. É tão estranho ir vendo meus amigos seguindo seus caminhos na vida. Principalmente quando acontece uma coisa tão importante, como ser pai.
Tenho muitos conhecidos, gente que vejo na rua e nem lembro o nome e quando a gente se cruza eu desvio o olhar para evitar abertura para maiores contatos. As vezes acho que fazem o mesmo, ou então nem chegam a me reconhecer. Mas da época de escola, as pessoas que eu considero amigas mesmo são poucas, dá pra contar nos dedos de uma mão.
Na verdade acho que existem três grupos: os conhecidos, os amigos e os latentes... Os latentes são pessoas que eu gosto, mas não faço muita questão. Se os encontro na rua vou cumprimentar e bater papo. São pessoas que, no passado, foram amigas só que não tão próximas assim. E dos amigos, a única pessoas que eu realmente mantive contato (virtual e pessoal), foi a Janine.
Por outro lado, tem pessoas que eu considerava melhores amigos. Hoje em dia tenho contato só de vista. Pessoas que era tão familiares, que eu confidenciava tudo e agora parece que eu não conheço, são estranhas.
E a vida vai seguindo. Tem gente se formando, gente tendo filhos, alguns se casando, ouço alguns comentando sobre trabalho. Como diria Freud, você se conhece se reconhecendo no outro (acho que foi ele que disse algo assim). É nessas horas que eu percebo que estou crescendo, ficando velho (nessas horas e quando penteio o cabelo e uma porção de fios ficam no pente).
Percebi que quanto mais o tempo passa, mais difícil fica fazer novos amigos e também manter as velhas amizades. Muitas responsabilidades, compromissos, coisas de gente grande vai fazendo a distância aumentar. O jeito é batalhar pra não deixar as relações enfraquecerem.
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