Li em algum lugar a muito tempo sobre nossa vida ter ciclos de 7 anos. Provavelmente era alguma coisa astrológica jovem-místico que eu não devia ter prestado atenção. Uma vez escrevi aqui que senti que minha vida profissional acontecia em ciclos de cerca de dois anos. Esse padrão foi quebrado quando comecei a trabalhar na London, onde já estou a uns seis anos. Mas pode ser que o ciclo recomeçou quando comecei a trabalhar na CNEC. Daqui a pouco vou fazer dois anos lá... ou não.
Sexta passada alguém estava me ligando insistentemente e eu ignorando a ligação na mesma persistência. Odeio falar no telefone e sempre ignora já que quase sempre é telemarketing. Finalmente decidi atender e era a escola Marista querendo marcar uma entrevista comigo. Foi quase uma maratona:
- Entrevista com a diretora + coordenadora do maternal;
- Entrevista com a diretora + coordenadora do ensino fundamental;
- Prova escrita em inglês;
- Prova online de nivelamento em inglês;
- Entrevista com um representante regional de BH;
- Entrevista com um coordenador geral;
- Entrevista em inglês.
Agora é esperar pra ver a resposta. Só um dos meus empregos foi comigo correndo atrás, todos os outros foi com alguém indo atrás de mim. Até meus alunos particulares vieram com indicação e não comigo procurando.
Se possível vou tentar manter todos os empregos. Se não for possível, vou ter que deixar a CNEC. Faço 20h lá ganhando menos de um salário mínimo e no Marista já falaram que eu provavelmente vou ter uma carga horária de 20h. Ainda assim é difícil deixar a CNEC: gosto das pessoas e o serviço é fácil e tem dias que a única coisa que eu faço lá é o café e fofoca. Bom... eu gostava das pessoas lá. A rotatividade no meu setor é constante e em menos de dois anos só sobrou a Paula, Patrícia e a Dayana (que está de licença tratando um câncer). Ontem mesmo mais duas pessoas pediram demissão.
Uma coisa que me deixa com o pé atrás de ir pro Marista é a zona de conforto... é tão assustador ter que ir pra um novo emprego onde você precisa aprender tudo de novo: conhecer os funcionários, a estrutura, a metodologia e meu cérebro começa a dizer que eu não vou conseguir e vou ser demitido e virar um desempregado.
De qualquer forma, sinto que os ventos da mudança estão soprando. Volto em breve com mais atualizações.