domingo, 26 de agosto de 2012

Home Alone

Hell-o pessoal. Dá outra vez fiquei falando sobre O Diário de Anne Frank e acabei esquecendo de comentar sobre outras coisas - o que foi até bom porque o texto ficou grande pra caramba e ninguém quer perder tempo lendo minhas bobagens. Ainda assim começo a entrada de hoje retomando o diário da mártir do holocausto.

Comentei que o livro me deixou ciente de que manter um registro sobre a vida é muito produtivo sob diversas perspectivas. Gosto de escrever aqui no blog, durante um tempo mantive um diário no word (que também servia de exercício para aprimorar meu inglês, já que lá eu só escrevia nessa língua). No diário tinha mais liberdade para escrever explicitamente sobre assuntos que eu considero mais pessoais, dar mais detalhes entre outras coisas que são mais prudentes não compartilhar. Aqui no blog eu seleciono melhor o que revelar e quando quero comentar alguma coisa que é muito pessoal, abordo de maneira indireta, comentando mais os sentimentos gerados ao invés das situações que geraram tais sentimentos. Nos dois tipos de registro dá pra fazer uma análise anacrônica. Vou comentar sobre a do blog, que acho mais pertinente ao que quero propor.

Com o blog, retorno ao que escrevi e analiso o que foi importante naquele momento, como foi que me expressei para falar de uma coisa que não queria que os outros soubessem o que era, mas ao mesmo tempo queria compartilhar com os outros para deixar meu fardo mais leve. Acho que é a Linguística aflorando em mim... é interessante ver as escolhas que fiz para me expressar. Além disso, tentar registrar os sentimentos ao invés da situação é muito interessante para ver o amadurecimento emocional.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Swallow my bullet!

Hell-o. Hora de atualizar sobre os acontecimentos. Vamos lá: meu roteador desconfigurou deixando a internet disponível apenas no desktop - que é tipo um Computador do Milhão que funciona a manivela movida por dois hamsters: um está com artrite e outro com osteoporose e labirintite. Quem sabe resolver esse problema é meu primo e como basicamente ele só é convidado a vir aqui em casa quando há algum problema informático para ser resolvido - fiquei sem jeito de chamá-lo mais uma vez, principalmente porque estou devendo visitas a ele e a mãe. Assim sendo, as atualizações dos meus blogs estão comprometidas por tempo indeterminado.

Essa tragédia tem alguns aspectos positivos: o tempo que desperdiçava navegando pela internet (que era a maior parte do dia e da noite) passei a empregar em outras atividades. Assisti a uma porção de filmes e séries e voltei a ler. Não lia de verdade mesmo desde o começo do semestre passado (ou seja, no começo do ano) e a voz do C.S. Lewis ecoou na minha cabeça me dizendo o motivo por essa falta de interesse pela leitura: "eu estou pensando naqueles estudiosos desafortunados de universidades estrangeiras que não podem 'manter seu emprego' a menos que publiquem repetidamente artigos que devem dizer ou pareçam dizer, algo de novo sobre algum texto literário [...] Para pessoas assim, ler torna-se, com frequência, mero trabalho."

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Get up on that horse and ride into the sunset. Look back with no remorse.

Where do we belong, where did we go wrong
If there's nothing here, why are we still here?

It's another time, it's another day
Numbers they are new, but it's all the same
Running from yourself, it will never change
If you try you could die


 Passando no blog da Janine me deparei com um tema que deixou um germezinho no meu cérebro e que começou a me incomodar durante a madrugada. Esse germezinho me fez olhar para trás e ver o que já fiz na vida... e sabe, não gostei do que vi.

Ontem eu havia acabado de entrar na maioridade, acordei hoje já tinha 19, pisquei os olhos rapidamente e já havia 20 anos pesando nas minhas costas e me deixando corcunda. E nesse tempo todo vi que não havia construído muitas coisas. Meus primeiros 17 anos de vida não foram vividos, foram vegetados e os anos que se seguiram fiquei tropeçando sem ir muito longe.

Não queria fazer aquelas loucuras da adolescência - na verdade, em termos, até que queria. Queria ter tido aquele pensamento dos jovens de que eles não vão morrer nunca ao invés de ter desejar todo dia antes de dormir estar morto pela manhã. Queria ter me arriscado mais, cometido um pouquinho mais de erros numa época em que podia culpar minha inexperiência. 

O sonho de todo mundo é voltar ao passado com a mentalidade do presente... o meu não é diferente. Queria ter feito tanta coisa, queria ter seguido outros caminhos, queria ter evitado vários erros, queria refazer e consertar muitas coisas. Queria - mas não posso. Agora tenho que conviver com essa culpa de tempo desperdiçado.


Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.


Esse germezinho que me fez olhar pra trás também me fez olhar para o agora. E também não gostei do que vi. Em uma escala um pouco diferente, mas minha situação atual não mudou. Percebi que continuo vegetando ao invés de vivendo. Consegui me livrar de muitas das amarras que me prendiam e a corrente da coleira vai um pouco mais longe agora. Ainda assim tem algo que me prende e não deixa ser tudo o que posso ser. Me sinto uma borboleta espetada por um alfinete tentando voar: posso mexer as asas mas não vou a lugar algum.

Don't you know how to fly?
Um outro dia, um outro lugar e um outro germezinho. Janine novamente fazendo minhas velhas engrenagens enferrujadas trabalharem. Um simples comentários sem pretensão alguma sobre sonhos e o mundo parava por um segundo enquanto tinha uma epifania.

Sim, sonhos. Aonde foram se esconder? Pois já nem lembro a última vez que tive um... nunca mais nadei no ar, nunca mais vi aquelas incríveis criaturas de porte colossal, não me desesperei enquanto fugia daqueles zumbis, nunca mais percorri aqueles labirintos, nem voei numa vassoura com a brisa fresca da noite no meu rosto - um sonho tão comum após assistir Abracadabra. Nunca mais sonhei. É só esse monótono fechar os olhos a noite e abrí-los pela manhã. Nenhuma aventura num lugar só meu. Apenas esse hiato de escuridão.

Acho que a parte criança que existe em mim adormeceu. A entorpeci com toda estaticidade da minha vida. Estou sentindo falta de algo inesperado, algo emocionante, algo que não vem... quero andar na chuva mais uma vez. Quero construir, rabiscar, colorir, pintar, misturar cores numa paleta e me sujar. É, quero me sujar muito. Lama, tinta, cola, lodo, barro. Quero sentir texturas e cheiros. Quero algo novo, quero subir numa árvore, quero entrar numa casa abandonada, quero pular um muro, quero ver nuvens e estrelas, quero brincar de esconde-esconde, quero entrar no chuveiro quente com roupa e tudo no escuro com a luz da lua entrando pela janelinha e ficar lá embaixo até que meu pensamento mais importante seja a beleza sutil do silêncio interrompido só pelos pingos d'água. Quero passear por uma mata fechada, quero olhar o longe através do vidro da janela do banco de trás do carro a noite enquanto a paisagem vai passando e tudo é sombra e mistério, quero dançar no escuro, quero ouvir o apito daquele trem noturno e os sinos da igreja badalando longíquos às seis da manhã, quero andar na rua de manhãzinha quando ainda está frio e escuro e a cidade vai aos poucos acordando. Por que parei de fazer tudo isso? Por que não faço mais tudo isso?

I'm throwing the childhood scenes away
I'm through ripping myself off
I'm done ripping myself off

Well I'm child and man and child again
The toy broken boy soldier


Quero tirar esse alfinete invisível que me atravessa e me deixa preso num lugar, só que não sei como. Por mais que tento fico andando em círculos sem ir a lugar algum. E já estou cansando disso. Preciso de uma emoção. Já sou um cadáver adiado, será que consigo ser uma criança adiada também? Quero deixar essa insegurança para trás de uma vez por todas. Chegou o momento de dar um passo para trás, observar de longe, ter uma nova perspectiva da situação e agir para fazer diferente.

As vezes me dá vontade de ir caminhando até onde eu conseguir. De deixar tudo para trás e tentar um recomeço em algum lugar distante. Lá no ensino fundamental já tinha o Plano B de ir viver na praia vendendo água de coco e algodão-doce na pracinha. Sem muitas ambições e sem ancoras. Pois saibam que onde tenho minhas raízes profundas, posso levantar meus braços e minhas raízes partirão em busca de um outro litoral. Amanhã posso não estar aqui.

I'll never know what I'm capable of
If I don't go where I'm scared to be lost


His tears have turned to poppies...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mulher-Aranha...

Hell-o. Não atualizei o blog devido a minha velha companheiro Procrastinação, já que ela foi ali comprar um cigarro vou aproveitar a ausência dela e escrever um pouco sobre os recentes acontecimentos. 

Com a greve das Universidades Federais fiquei sem aula, ainda assim as atividades paralelas continuaram e hoje tive a primeira reunião do PIBID. Foi mais rápida do que o normal, ou ao menos pareceu mais rápida. Infelizmente tive que mudar de escola.. não gostei disso. Também não gostei de ter que mudar de grupo. A escola Minas Gerais fica a um quarteirão da minha casa e tenho que ir pruma escola que nem sei aonde fica. A professora que vai ficar com a gente parece muito mala, daquelas que empurra tudo para os bolsistas fazerem enquanto ela agenda a viagem para Campos do Jordão. Já vi que esse semestre vou passar raiva. Provavelmente vou ofender bastante gente, dar muitas indiretas, vou bater, dar tiro e foda-se.

Agora que comprei uma câmera minha mãe decidiu comprar uma também. Toda lógica, né? Por um lado acho isso bom, assim não tenho que emprestar a minha. Se bem que poderia comprar outras coisas com esse dinheiro... Já decidi ser mais controlado com com meu salário. Esse mês vou pagar a fatura do cartão e a partir de então vou economizar, registrar todos meus gastos e ir juntando. A ideia agora é comprar um novo computador e uma outra câmera [semi]profissional que troque lentes e filme em full HD. O computador para usá-lo em edição e afins e a outra câmera porque é o meu sonho, então vou correr atrás. 

Adoro resolução que me deixa com pele de porcelana.
 Fui ao cinema com a Janine assistir o novo Bátima. Odiei. O filme não tem nada de novo, parece um recorte de cenas dos dois primeiros filmes... muitos erros, muita falta de noção. Um poço que ninguém consegue escalar mesmo tendo uma corda que pode ser escalada, uma bomba com alcance de 10 quilômetros de diâmetro que explode e não causa uma onda na baía, quando era pra criar uma tsunami que, já que o filme parece pegar cenas dos filmes anteriores, podia pegar a cena do O Dia Depois de Amanhã para recriar Gotham sendo destruída. Tem coisinhas como uma cena em que o cara pergunta para o Batman se ele lembra onde estacionou o Bat (a nave) e ela está em cima do prédio, sendo que ele tinha estacionado ela dentro da Caverna... Esse tipo de coisa me irrita muito mais do que uma fantasia com mamilos. A Anne Hathaway começou magnífica e terminou péssima - não por culpa dela, mas por culpa da história que não deu espaço para ela se mostrar. Michelle continua sendo a Mulher-Gato de verdade.

O verdadeiro creme de abacate!
falando em filme e câmera, quero gravar algumas coisas. Estou com ideia para um video-clip do Sopor Aeternus... para dois, na verdade. Só que um exige mais produção e recursos que não disponho no momento. Além disso estou tentando escrever uns quadros com uns personagens... tentar focar em texto já que cenário e figurino são recursos que não possuo no momento. Também quero fazer um tutorial de como fazer seu cabelo ficar verdadeiramente igual ao da Roberta Messi. Aceito sugestões do que gravar - qualquer dica/sugestão/ideia tá valendo.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cantinho dos Leitores Abissais Entrevista: Vinícius Coutinho

Demorou e finalmente o quadro Entrevista da sessão Cantinho dos Leitores Abissais tem sua segunda edição. A demora foi preguiça mesmo, nenhum outro motivo significante e justificável. Bora para a segunda entrevista do blog.


O entrevistado de hoje é o Vinícius Coutinho. O conheci a alguns anos atrás, ele fazia parte da "família" da comunidade d'As Crônicas de Nárnia. É um dos poucos (infelizmente) daquela época que ainda mantenho contato.

E houve boatos de que ele estava numa pior... se participar do blog é estar na pior, pouham...

1) Quem é você na noite da cidade grande?
- Vinícius, para os íntimos Bacon, para os mais íntimos Torres, para quem conhece todas as intimidades Raýssa Mota Nascimento, para quem conhece as muito bem, Raýssão. Sou da época do He-Man.
 Também conhecido como Rainha do Dark Room
2) O que você sonhava em ser quando criança?
- Cientista, fui sempre fascinado por poções, e magia. Achava que era a mesma merda.
Harry Potter iludindo as crianças desde a década de 90.
3) Faz ou já fez coleção de alguma coisa? O que é?
- Nárnia, e tento fazer com dinheiro, mas não ta fácil pra ninguém, só pra Peter Jackson.
Eu coleciono amantes.
4) Roubaram seu ponto na esquina. Quem foi?
- Um carinha que fica postando meus memes de Nárnia, mas dei uma unhada na xuranha dela, que ela foi para as costas.
É babado e confusão, caralho!
5) Eu falei pra você não roubar aquela batata frita do Mc Lanche Feliz daquela senhora que pesava 215 quilos. Agora ela e mais quatro senhoras gordas vão te dar uma surra na saída. Quem são as quatro bees que você vai juntar para extinguir essas jubartes?
- Rogéria, minha Laura saluda. Gabriela Mendes, que com cabelo faz magia. A ungida da Anna Vasquez Coutinho, ou Gabriel Vasquez, e não podia faltar a poderosa da Fran Fialho, que se sentar em cima de uma...
A gente desce o tamanco!
6) "Você é responsável por aquilo que cativa" - Por quem você é responsável? E por quê?
- Raquel Marques, na hora que ela me viu, quis ser minha cafetina.
 A nova Bruna Surfistinha.
7) Você acordou e descobriu que se transformou na Vanessão. Qual a primeira coisa que você faz?
- Ir no Pai de Santo(marli) trocar com o Salem, e tentar vaga na Zorra Total.
Já tem o bordão?
8) Escreveram uma biografia sua. Quem foi?
- Google. Não, Fran Fialho, ela sabe muitos segredos, me conhece desde que eu tenho 7 anos, e sempre vê as coisas da mesma forma que eu, e além disso sabe um segredo que apenas ela e uma outra pessoa sabem.
É com ela que tenho que mancomunar para poder te chantagear.
9) Quem foi que viajou no tempo e roubou uma ideia sua?
- C.S Lewis, e não deu glória nenhum ao meu trabalho.
 Velho desocupado...
11) Você prefere beber um copo de cuspe ou de urina?
- Saco pra mim é baril de chope.
Once you've washed your face in piss, you'll realise its sacred bliss. [CANTODEA, Anna Varney]
12) Qual sua lembrança mais feliz?
- É tão boba... Quando assisti VPA no cinema com a Fran... foi a coisa que mais ansiei(que se realizou)
VPA foi a primeira vez que fui ao cinema com minha mãe.
13) Tem alguma coisa (brinquedo, atitude, roupa) que você tinha e achava o máximo quando mais novo e hoje em dia te dá vergonha?
- O sutiã vermelho da minha irmã, e a tanga do Tarzan (eu já fiquei de cueca na rua batendo no peito -s)
Hoje em dia só sai na rua de lingerie

"Chegou à conclusão de que era um monstro, separado do resto da humanidade. Caiu sobre ele uma tristeza tremenda..."