sábado, 24 de dezembro de 2016

RETROSPECTIVA #2016

O ano está terminando e é aquele momento de parar para fazer o balanço. E preciso dizer que foi um ano difícil... então coloca a trilha sonora e vamos ver o que deu certo e o que deu errado esse ano.

Na minha lista de metas eu separei as coisas do alemão e demais atividades... então vou começar a falar pelo alemão.

Não consegui fazer tudo o que planejei... o que não é nenhuma novidade. Estudei alemão todos os dias, nem que fosse alguns minutos para completar a pontuação no Duolingo. E de acordo com o Duolingo, estou a 531 dias estudando alemão... não estou nem perto de conseguir me comunicar no idioma, mas já estou muito longe de onde comecei. Percebi isso claramente no novo curso que comecei no Rosetta Stone - terminei a primeira unidade sem nenhuma dificuldade e sem nenhuma novidade... o mesmo vale para o curso que comecei no Memrise. A facilidade que estou tendo nesses cursos mostra que o básico eu já aprendi. 

Acredito que cheguei num momento em que preciso pegar mais firme nos estudos para conseguir fazer avanço. Estudar uma boa gramática e, acima de tudo, colocar o que estou aprendendo em prática. Preciso tentar escrever e falar mais... esse será um dos meus projetos para 2017.

2016 foi um ano em que aconteceu bastante coisa que eu não estava esperando - muitas vezes algo ruim - e me atrapalharam muito. Mas tudo o que aconteceu me ajudou a perceber que eu consigo fazer muita coisa... e que eu não preciso ter medo. Fiz bastante coisa sozinho, algumas até meio assustadoras. 

Agora que parei pra analisar... 2016 foi um ano que me fez crescer. Cresci muito... me fez perceber que tenho poucos amigos, mas os que tenho são bons. Me fez ver (não que eu não soubesse) que o mundo não é bonito nem justo. Nessa semana aconteceu uma coisa que me fez crescer ainda mais... uma coisa que me fez perceber que eu não tenho que ter medo de mudança. Sair da zona de conforto é assustador porque você tem que encarar o desconhecido... e a gente tem medo do que não conhecemos.

Por isso que eu gosto de manter um blog... havia planejado escrever algo totalmente diferente hoje e a reflexão que comecei aqui me levou para um lugar totalmente diferente. 

Dessa vez não farei nenhuma lista de metas para 2017 - farei uma promessa mais ampla: em 2017 quero sair mais vezes da minha zona de conforto. Quero enfrentar coisas que me assustam. 

Quem sabe assim coisas boas aconteçam... tenham um feliz natal e ano novo!

domingo, 16 de outubro de 2016

Vergleichen

Dois meses sem dar as caras... hora de dar uma atualização antes que se passe mais um ano. 

Comecei um blog sobre alemão onde vou postando diversas coisas sobre a língua. Comecei ele como uma forma de estudar e ele está me ajudando embora eu precise tentar escrever com mas frequência... postar explicações gramaticais e coisas do tipo me consome muito tempo porque tenho que estudar, pesquisar, organizar as ideias, escrever... é um trabalho que compensa, me ajuda muito a aprender só que não tenho todo o tempo que gostaria para me dedicar e por isso vou escrevendo esporadicamente. E por já ter o blog dedicado à língua, acredito que não comentarei tanto sobre isso aqui. Quem tiver interesse pode acessar o blog clicando aqui.

Meu canino direito está bem adiantado no tracionamento e deve andar mais rápido porque vou ajustar o aparelho duas vezes ao mês (ao menos esse mês vai ser assim). O canino esquerdo ele está na altura certa, entretanto, está completamente virado para o lado e parece que vai demorar um pouquinho até desvirar. Tenho fé que até o final de dezembro os meus dentes já estarão quase no lugar.

No trabalho continuo infeliz. A escola ficou em segundo lugar no ranking nacional concorrendo com mais de 600 outras escolas. Isso não mudou nada para mim... não teve aumento, não teve nenhum bônus. Teve salgadinhos e um discurso da dona falando que temos que trabalhar por amor e não por dinheiro. 

Entrou um novo monitor... ele tem 19 anos, não tem diploma, não tem noção pedagógica, não tem experiência, trabalha 16 horas a menos que eu e a diferença entre nossos salários é apenas de 80 reais. Fiz as contas e cheguei ao resultado de que ganho 6 reais por hora... ganho pouco mais que um salário mínimo. Não estou nem um pouco feliz com isso e estou estudando as possibilidades do que é que eu posso fazer.... 

Enfim. Blog atualizado.



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Carpe Diem....

Essa semana não foi boa. Há dias em que estou bem e há dias em que estou mal. Essa semana só teve dias em que eu não estava bem... Não é questão de "ser pessimista", "de pensar positivo" e essas coisas que as pessoas dizem pra você se sentir melhor.

Eu não fico triste porque quero. Porque escolhi. Fico triste porque as vezes a química no cérebro está desregulada e ai não dá pra controlar o que estou sentindo. Eu queria estar bem, ter um pensamento positivo e tudo isso... mas não funciona assim. Não é simples escolha.

Fiz planos e consegui cumprir todos os principais e comecei a fazer outros. E ai aparece alguma coisa e faz tudo parecer impossível. É exaustivo viver no limite desse jeito, tendo que fazer malabarismo pra que tudo dê certo no final e me sinto sempre esgotado. 

Outro problema que isso gera é que tenho que dar prioridade pras coisas mais sérias e maiores e não posso das atenção para as coisas pequenas e que fazem a vida ficar divertida. E fico mais cansado. 

Como já estou cansado e amanhã tenho que tentar resolver um monte de problema, vou me. 

Bis bald!

domingo, 31 de julho de 2016

Die Welt ist klein und wir sind groß

Um semestre se passou... bate de novo aquele sentimento de que não fiz muita coisa e que perdi tempo. Mas parando pra analisar, eu consegui cumprir o que havia planejado - e houve muitos imprevistos que deviam ter feito metade dos meus projetos irem por água abaixo e eu consegui contorná-los todos e manter meu cronograma.

Só de ter lido os quatro livros d'As Crônicas de Gelo e Fogo significa que li mais do que o ano passado inteiro. Com relação a filmes, já assisti mais da metade de filmes que assisti ano passado e séries eu só preciso assistir mais 6 temporadas pra igualar com o quantidade do ano anterior - o que deve acontecer em uns dois ou três meses porque tenho várias séries que estão encaminhando pro fim da temporada. Então nesse sentido de entretenimento, estou melhor.

Continuo na minha batalha diária com o alemão. Sempre. Não vou desistir até ser fluente. Há momentos em que me dá um desespero, uma espécie de crise do pânico, são momentos eu que eu sinto o estômago apertado porque eu queria já ser fluente, conseguir entender a língua. Mas estou longe ainda de onde preciso chegar. Baixei duas séries de livros didáticos e peguei vários exercícios que focam em alguns detalhes que eu não consegui aprender no idioma e pretendo começar a fazê-los em breve e ir consolidando as bases pra poder me desenvolver mais rapidamente. Vou conseguir.

Apesar desses pontos positivos... nesse momento não estou feliz. Tem dias que me dá uma desesperança. Não me sinto feliz com minha carga horário no trabalho comparado com o que recebo e tenho vontade de fazer tantas coisas e não posso ou porque não tenho tempo ou não tenho dinheiro. E não fico otimista com uma perspectiva a longo prazo. 

Paguei todas minhas contas. Agora só tenho a manutenção do aparelho como conta fixa. Meu plano é juntar uma graninha, ir levando a vida, estudar e no final do ano prestar o mestrado. Depois que eu tiver o resultado eu planejo o meu próximo passo. Meu pensamento atual é: se eu passar, faço o mestrado. Senão, pego o dinheiro que juntei, vou pra outro país e dou um jeito de viver a vida por lá por um tempo. 

Estou cada dia tentando ser mais independente, mais na minha e resolver meus problemas sem pedir ajuda. Estou me treinando pra ser sozinho e independente. Minhas nova habilidade: bolo de cenoura. Também fiz carne moída pela primeira vez. 

Enfim... só devaneei hoje... preciso escrever aqui com mais frequência. 

"O mundo é pequeno e nós somos grandes"

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Vierundzwanzig

Estou mais velho... a gente sonha tanto em fazer 18 anos achando que a vida vai mudar drasticamente, que vamos ser independentes e sem ter que dar satisfação a ninguém (o que é uma grande ilusão, a realidade é bem cruel). E o tempo demora a passar e parece que os 18 nunca chegam. Entretanto, depois que os 18 anos chegam, o tempo corre e não para mais. Daqui a pouco já estarei com 30.

Mas por enquanto tenho 24. 

Ainda não sei dirigir. Não fiz as viagens que queria. Não tenho a independência que imaginei que teria. Não tenho o trabalho dos sonhos nem o salário que faça jus ao meu diploma. Não estou onde eu queria estar.

Ainda assim, não posso dizer que minha vida até o momento foi apenas negativas. Tive minhas conquistas. E sei que posso ter muitas outras e as terei.

Costumo fazer muitos planos no final do ano... final de ano é sempre a época das promessas porque é aquele momento de recomeço. Só que hoje tive um novo sentimento crescendo dentro de mim: hoje é o dia de recomeço, de renascimento. Hoje, 24 anos atrás, eu nascia. Hoje é meu ano novo, hoje é o dia que meu ciclo termina e recomeça. 

E pensando nisso, senti uma força para reforçar meus desejos, minhas metas e minhas promessas. Alguns meses atrás eu estipulei uma meta para minha vida e essa meta está dividida em etapas. A primeira etapa se encerra em julho, dando início a segunda etapa (que terminaria em dezembro). A última fase (tá parecendo filme da Marvel) será o primeiro semestre de 2017. 

Tive muitos contratempos, tá sendo difícil mas estou conseguindo contornar todos os problemas e acho que vai dar certo a primeira etapa - que consiste em finalizar alguns projetos e dívidas.
Tenho um ano para mudar. Hoje é o primeiro dia de um ano novo e estou ansioso para saber como estarei quando estiver completando um quarto de século.



segunda-feira, 25 de abril de 2016

Wenn ich groß bin

Vim só fazer uma rápida atualização. Não muito aconteceu, não fiz tudo o que eu queria ter feito e meu aniversário já é na próxima semana e mais um suspiro e estaremos na metade do ano e depois é só piscar os olhos e já terá terminado mais um ano.

Mas é assim... eu poderia ter feito mais coisas se tivesse colocado um pouco mais de empenho. Não coloquei. Também aconteceu uma coisa que está me atrasando um pouco, a gente não pode controlar tudo e imprevistos acontecem. 

Não vou ficar reclamando pelo que não fiz. Já estou resolvendo esse problema que apareceu, acho que hoje mesmo já  dou uma solução pra ele. Além disso, voltei a ler. Li um livro que minha prima me emprestou - um livro horrível que mistura esoterismo com autoajuda  e uma tentativa de fazer um thriller policial investigativo cheio de ação que acaba virando literatura de tia solteira que precisa de algo pra levantar a autoestima. 

Também li O Curioso Caso de Benjamin Button, gostei mas esperava mais já que o filme tinha três horas de duração e o livro é, na verdade, um conto. Segui com a leitura de Madame Bovary, que eu acho que devia ter lido na faculdade e dei o truque. Estou aproveitando todo tempo que tenho de folga no trabalho pra ler. Devo terminar Madame Bovary essa semana ainda e estou pensando em começar As Crônicas de Gelo e Fogo logo em seguida.

Ainda nessa parte cultura, preciso achar tempo pra assistir mais filmes e séries. Na verdade, tudo o que eu preciso é aprender a administrar meu tempo.

Li uma matéria sobre a melhor idade para se fazer determinadas coisas e lá dizia que estou na idade de virar um gamer.  Gostei da ideia, mas o que fazer com as atividades dos anos anteriores que eu não fiz? Nunca dancei, não aprendi nenhum tipo de luta, mal aprendi alguns acordes no piano e malhar é uma batalha...

Tenho sorte que sou teimoso e persistente. Vou aprender alemão, vou emagrecer alguns quilinhos... ano que vem, a essa altura, eu serei uma pessoa bastante diferente do que sou agora.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Mais aberto...

Não fiz o resumo de janeiro... e nem teria muita coisa pra se falar. Anda tudo tão na rotina que quase não ia postar nada hoje.

Pra não dizer que não aconteceu nada, fiz a cirurgia nos dentes. O procedimento foi mais simples do que pensei. O que mais doeu foi o pescoço e a mandíbula devido a posição que eu fiquei na cadeira. A anestesia também foi dolorida. Não a agulhada, mas o efeito da anestesia em si, que no começo era como se alguém estivesse fazendo muita pressão nos dentes.  

Depois ele abriu o céu da boca até onde estava os dentes, colou a pecinha do aparelho (um lado não queria colar, o que fez atrasar o processo) e, por fim, arrancou os dentes de leite.  A extração dos dentes não demorou 2 minutos, foi muito calmo e rápido, nada parecido com o trauma que foi a última vez que arranquei um dente.

Cheguei em casa, fui me deitar (tava com sono e o melhor era ficar quietinho). Acordei com gosto de sangue. Estava sangrando bastante e fui ao banheiro pra cuspir. Cuspi duas vezes. Acordei no chão. Demorei para perceber o que tinha acontecido. Desmaiar é algo bem esquisito.

Agora terça-feira eu coloco o fio do aparelho pra começar a tracionar os dentes para o lugar. O dentista disse que demora uns 6 meses pra eles ficarem onde devem...




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O ócio era a essência do Homem....

Quando a gente é adolescente o nosso maior sonho é fazer 18 anos. Temos a ilusão de que com 18 anos seremos "livres", independentes, podendo fazer tudo o que quiser sem ter que dar satisfação para ninguém. É uma grande ilusão. 

A ideia de crescer, virar adulto é uma grande ilusão. Como diria Pedro: "É uma cilada!". Ser adulto é um saco! Você tem tantas responsabilidades, tantos afazeres... e você tem que trabalhar.

Minha família não é rica, mas também não é pobre. Quando mais novo eu nunca precisei trabalhar para ajudar nas contas de casa e meus pais nunca fizeram questão que eu trabalhasse. Sei que isso é um privilégio, tem pessoas que não tem essa possibilidade, mas não estou aqui agora para comparar minha vida com a de ninguém. Não é esse meu objetivo no momento. 

Comecei meu primeiro trabalho em fevereiro de 2014 numa escola de cursos técnicos. Fiquei sabendo do lugar pela minha professora de inglês, enviei currículo, fiz entrevista e quando chegou na disponibilidade de horários, a dona me dispensou de maneira bem grossa. Na época eu ainda estava na faculdade (se não me engano, faltando um ano pra terminar) e não podia em alguns horários... Alguns dias depois, a diretora da tal escola me ligou pedindo para que eu fosse trabalhar lá. A primeira vez que fui eu estava animado com a ideia do primeiro trabalho e depois de ser dispensado pela dona da franquia, fiquei desmotivado. Quando ela ligou pedindo pra eu retornar eu já não tinha mais interesse no emprego. Ela insistiu tanto ligando no meu celular e aqui em casa todo hora todos os dias que acabei cedendo e decidi aceitar a proposta. 

Ela me chamou na quinta e disse que enviaria pra mim o material que era usado lá e o ponto da matéria em que os alunos tinham parado para que eu pudesse me preparar na sexta-feira e começar as aulas no sábado. Não me enviou nada. Cheguei na pra trabalhar no sábado com a cara e a coragem. E sobrevivi! Consegui das as cinco aulas, das oito e meia da manhã até as cinco da tarde (direto!) de maneira tranquila e satisfatória.

Nesse dia eu sai de lá com um sentimento de missão cumprida, de realização: eu era um professor - eu estava preparado para fazer o que eu havia estudado durante quatro anos. Fiquei muito feliz. Mas no começo tudo são flores..


Eu li um artigo sobre a geração Y, da qual eu faço parte. Uma geração que não viu guerra, não viu sofrimento de verdade, uma geração que foi mimada pelos pais que quiseram dar aos seus filhos tudo o que eles não tiveram acesso quando criança. A geração Y foi educada a acreditar que eles podiam tudo, que podiam realizar todos os seus sonhos porque eles eram "incríveis", "geniais", o "futuro da humanidade".

Apesar de terem sido criados com essa ideologia, a realidade se apresentou bastante diferente. O artigo falava da dificuldade que a geração Y tem em aceitar que eles não são especiais. Que pra você ser rico e bem sucedido você precisa dar duro. Muito duro, trabalho e mais trabalho, persistência e dedicação. A geração Y não aceita começar por baixo, já querem chegar com o cargo de chefe da empresa. (quem quiser ler o artigo, basta clicar aqui. É bastante didático e ilustrado com unicórnios!)

Bom... eu trabalhava sábado das 8h30 até as 17h (depois passou a ser até as 18h). Tinha algumas turmas na segunda, algumas na terça e até uma na quarta. Recebia 18 reais por aula (nos últimos meses subiu para 20 reais). Eu dava aula em uma sala de uns 4x4 metros (sou péssimo em estimativa de medidas). Era uma sala pequena, sem janelas, com um ventilador na parede ao lado do quadro e havia turmas em que eu tinha 25 alunos que iam de 9 anos até adultos já velhos. 

O material didático da instituição era um lixo e eles não deram um exemplar pra mim para que eu pudesse preparar o material da aula ou poder seguir com os alunos... e ainda assim nem todos alunos recebiam o livro. Se eu pedisse para imprimir algum material extra, sempre ouvia uma desculpa: tá sem papel, tá sem tinta, agora não dá... se eu quisesse trazer um material complementar, tinha que ser pago do meu bolso. Era uma bagunça total. Entrava e saia aluno todos os dias sem aviso prévio então eu não consegui manter uma continuidade no ensino. Também não havia nivelamento dos alunos o que dificultava o desenvolvimento das atividades. E meu salário não era fixo... recebia por aula e a quantidade de aulas que eu teria no mês era um mistério: de um dia pra outra a diretora fechava uma turma, juntava com outra. Se faltava aluno ela me dispensava e aquela aula não era contada... Minha vida foi assim por um ano e quatro meses. 

Consegui um emprego no CNA no segundo semestre de 2015. Foi um sonho. Meu cargo é de monitor, não tenho turmas fixas. tenho pequenos horários de 30 ou 45 minutos em que os alunos podem agendar para tirar dúvidas, fazer revisão, praticar um pouco mais de inglês. O ambiente é totalmente diferente do meu primeiro emprego. Todos os funcionários são simpáticos, divertidos e bastante receptivos. Me senti em casa com menos de uma semana lá. Como nem sempre tem gente marcada, eu fico bastante a toa. E por ter vários professores de inglês e gente de nível avançado, pude colocar meu inglês (que tava ficando enferrujado) em prática e melhorei bastante em pouco tempo e meu salário era fixo e maior do que onde eu estava antes. Fiquei muito feliz. Mas no começo tudo são flores..


Um cigarro reduz a sua vida em 8 minutos - Um dia de trabalho reduz a sua vida em 8 horas

Depois de um tempo a gente começa a perceber os problemas, a ficar insatisfeito com algumas coisas. A monitoria é bem complicada: a maioria das vezes são alunos que não querem absolutamente nada ou que tem problemas gravíssimos e 30 minutos não vão resolver e nem sempre tenho tempo pra me preparar. E por "ficar a toa" as vezes me pedem pra fazer tarefas que não são minha função. 

E então eu começo e me comprar com os demais professores: dediquei 5 anos da minha vida pra ter um diploma e ser professor enquanto a maioria lá não tem esse papel. "Pra que eu gastei 5 anos da minha vida mesmo?", eu penso. Gente que dá aula de inglês porque passou as férias na Disney ou fazendo comprar em NY. Professor já não é uma coisa muito valorizada, mas acabo me sentindo ainda mais desvalorizado - até desrespeitado (na monitoria eu sempre ouço alunos reclamando de alguns professores e eu sei que eu faria melhor).

Mas ai eu penso no artigo sobre a geração Y. E então me faço de mulher estuprada. Sabe aquela história de que muitas mulheres que são estupradas ficam procurando desculpas pra não denunciar? Fazem mea culpa: eu provoquei, eu fiz isso, fiz aquilo, não devia ter feito tal coisa... eu também fico tentando achar justificativa pra aceitar  lugar onde estou: eu estou começando agora, tô pegando experiência, tenho que começar por baixo, o outro cara já tem anos de experiência... E assim tento "me por no meu devido lugar".

Mas porra, eu estudei! Eu investi minha vida! Agora eu trabalho 8 horas por dia, 44 horas por semana, nem sei quantas horas por mês (sou de humanas) pra não ganhar nem mil reais. Com mil reais eu não conseguiria sobreviver se eu pagasse as contas de uma casa. E com 8 horas diárias não sobra muito tempo pra fazer outras coisas.


Atualmente ando pensando em pedir demissão. Se eu parar de trabalhar, não irei passar fome, disso tenho certeza. E com o tempo que tiver, posso estudar para o mestrado. Passando no mestrado, posso conseguir uma bolsa (cerca de 1500 reais, mais do que eu ganho de salário) e, mesmo se não conseguir uma bolsa, posso fazer o sacrifício de ficar 2 anos sem dinheiro, mas ter um título de mestre que vai me abrir portas para um emprego melhor.

Eu sei que se eu quiser crescer na vida vou ter que estudar mais. Mas só vou conseguir estudar mais se tiver mais tempo e no meu trabalho atual isso não é possível. A vida já é difícil e a gente tem que fazer cada decisão mais difícil ainda... não queria ter crescido, a vida era mais fácil e simples quando eu era criança.


domingo, 31 de janeiro de 2016

Resumo de Janeiro

Terminou o primeiro mês do ano e já sinto que não fiz tudo o que queria fazer. Assisti ao menos um filme em alemão por semana (ainda hoje assisto mais um), aprendi duas receitas (uma a mais do que planejei), li várias HQs (ainda estou com umas 4 atrasadas)... 

E é isso. Não li nenhum livro ainda, não assisti quase nenhum filme além dos alemães. Não saí, não fiz nada diferente, trabalhei bastante (farei um post sobre trabalho em breve), não escrevi muito aqui no blog, não fiz o tanto de exercícios que eu queria e nem estudei o tanto que pretendia. 

Estou me sabotando muito. Mesmo colocando o relógio pra despertar às 7 horas, desligo ele e volto a dormir. Só saio da cama ali pelas 10 horas e já não dá tempo de fazer muita coisa. Tive relativamente bastante trabalho - e não foi legal. Janeiro é a época em que só aparece aqueles alunos que não fizeram nada o semestre inteiro e agora precisam por a vida em dia... Fevereiro promete começar mal calmo e dar movimento só mais pra metade.

Ainda sobre o trabalho, teve a reunião de início de semestre. Foi até legal, teve muita dinâmica, teve chocolate, teve salgadinhos e uma torta que causava uma orgia nas papilas gustativas. A torta era realmente boa, sabor chocolate com leite ninho... 103 reais bem investidos pela diretora.

Enfim... não estou muito satisfeito com esse primeiro mês de 2016. Preciso me dedicar mais a fazer coisas novas. Quero, principalmente, estudar mais alemão - aprender essa língua está sendo uma meta de vida. Agora me vou, ainda tenho muita coisa pra fazer e amanhã quero levantar cedo. Fevereiro precisa ser mais produtivo que Janeiro.

Bis später!

domingo, 17 de janeiro de 2016

Hora da cozinha...

Ich bin sehr gut, danke. Und du?

Passando pra falar da semana. O trabalho está calmo, choveu e muitos alunos cancelaram e eu fiquei esperando o tempo passar. Aproveito esses momentos a toa pra fazer alguns exercícios de alemão no celular ou ler algum capítulo das minhas HQs. 

A Jadis teve os filhotinhos. Achei que ela teria uns 6 porque ela parecia bem mais gordinha do que na última cria só que ela pariu só 4... ela estava só gorda mesmo. Dessa vez vierem mais fêmeas e "brancas". 3 fêmeas que parecem siamesas (orelhas, rabo, nariz e patas começaram a escurecer) e um machinho branco-e-preto com uma manchina perto do focinho que parece um bigode. Queria ficar com ele e chamá-lo de Mustache. Estava apreensivo com a reação que o Salem II teria quando visse os gatinhos e ele surpreendeu cuidando dos irmãozinhos. 

 
Comecei meu projeto de aprender a cozinhar e a primeira receita foi pão-de-queijo. Fiz e deu certo, eles ficaram crocantes e bem bons. Pra ficar melhor, preciso saber colocá-los na forma pra fazer mais de uma vez... fiquei a tarde inteira colocando e tirando forma do forno. Perdi muito tempo nisso porque coloquei só 6 unidades em cada fornada. A receita é da minha amiga Gislene e eu pretendo fazer mais algumas vezes pra ter maior segurança na hora de fazer... meu desejo é conseguir fazer as receitas tudo de cabeça. 

A propósito, falei desse projeto de aprender a cozinhar pra Gislene e mencionei que um dos pratos que eu queria aprender era temaki e não é que ela apareceu no outro dia com as folhas de alga pra me incentivar a aprender a fazer o negócio? Hoje tentei fazer o arroz e saiu legal... acho que um pouco menos grudento do que deveria, mas talvez isso é porque não estou usando o arroz japonês. Só queria saber se conseguia fazer o arroz (que é a única coisa que dá algum trabalho na comida japonesa, jáque todo o resto é cru) e ai fiz os rolinhos (esqueci o nome) sem recheio... só alga e arroz. Percebi que preciso urgente de uma faca que corte de verdade. Em breve tentarei de novo, mas com recheio dessa vez e na forma de temaki também.

Acho que comecei o ano bem, mas estou um pouco atrasado com o que planejei... tenho que recuperar o tempo então.





"Chegou à conclusão de que era um monstro, separado do resto da humanidade. Caiu sobre ele uma tristeza tremenda..."