domingo, 10 de junho de 2018

I AM AM I WHO AM I

How can you "just be yourself"
When you don't know who you are?
Stop saying "I know how you feel"
How could anyone know how another feels?
- Nightwish; Song of Myself 


Na adolescência a gente começa a moldar a nossa personalidade. Aquela vontade de pertencer ao grupo, achar o semelhantes, encontrar onde você se encaixa, onde você pertence... Acho que, de certa forma, não passei por isso. Sempre fui mais na minha, não fui atrás do meu grupo, ele acabava vindo naturalmente pra mim, nunca tentei me forçar a pertencer a alguma coisa. 

Cheguei a experimentar algumas coisas. Até cheguei e usar esmalte preto durante uma época, porque eu era gótico suave. Por dentro eu sempre soube quem eu era, o que eu gostava e não gostava, o que me chamava a atenção, me interessava e isso não mudou muito ao longo dos anos. Mas não acho que meu exterior representava como eu era por dentro.

De fato, sempre me preocupei muito pouco com a minha representação exterior. Sou o caçula dos primos, a maioria das minhas roupas era herdada do meu irmão ou dos meus primos. Até quase meus 18 anos era minha mãe que comprava minhas roupas então minha aparência era bem desleixada no sentido de eu realmente decidir o que eu queria.

Ainda em 2010 eu me preocupava mais com livros do que com roupas, então eu continuava desleixado nesse sentido. Alguns anos depois comecei a comprar algumas coisas que eu gostava para vestir... ainda assim, eram coisas aleatórias, peças que não conversavam entre si.

Hoje em dia eu penso mais um pouco em como o meu exterior precisa representar um pouco melhor com eu sou por dentro. Tenho muita insegurança com minha aparência, é fato. Tento melhorar isso ao poucos... talvez meu maior problema para definir meu estilo é porque eu gosto de tantas coisas diferentes, tenho tantas referências que se torna difícil concatenar tudo isso de forma coesa. 

Ultimamente tenho me tornado cada vez mais minimalista. Perdendo a vontade por cores, estampas... querendo orbitar mais em tons de cinza. Por outro lado, fico pensando se isso não me tornaria muito sem sal (visualmente).

Meu guarda-roupa é muito pequeno e está bem lotado. Estou adiando, mas quero pegar todas minhas roupas e ver o que ainda combina comigo, me desfazer do que não servir pro meu plano e ir em alguma loja complementar o resto. Perder uns quilinhos definitivamente iria me ajudar também.

Algo bom que aconteceu recentemente foi o trabalho adotar uniformes. Estava cansado de gastar minhas roupas lá e agora eu não passo mais por isso, mesmo tendo pego uniformes um pouco maiores do que eu devia.

Comecei a fazer um quadro de referências, juntando imagens de roupas que me agradam e combinações. Quero analisar e ver o que pode cair bem em mim e fazer um look que me represente e tenha personalidade.

Como disse, tenho muita insegurança com relação a minha aparência. Tenho muita dificuldade em experimentar coisas que fogem do que estou acostumado... sei que as vezes posso ter surpresas boas saindo da zona de conforto, mas romper essa casca que é o problema.

Mas irei tentar.





sábado, 2 de junho de 2018

Eu queria escrever

Consegui colocar minhas leituras da TAG em dia. Os dois primeiros livros do ano foram um tédio o que causou uma leitura arrastada que demorou mais do que devia e fez os livros se acumularem. 


O livro da Patti Smith me inspirou bastante, como já disse anteriormente, fazendo que meu lado escritor quisesse aflorar com força. O jeito que ela escreve é tão poderoso. O último livro que li também trabalhava a temática sobre escrever e mais uma vez minhas cordas autorais foram tocadas.

Ao mesmo tempo que tenho vontade de escrever, tenho uma frustração enorme. Sempre comparo o que eu escrevo com os autores que eu gosto e me sinto massacrado. Confesso que antigamente eu escrevia mal - ainda assim as palavras vinham com mais facilidade e eu sentia que o que eu escrevia tinha uma certa fluidez... isso na época do myspace, quando eu escrevia todos os dias.

Talvez até por eu escrever todos os dias os meus músculos eram exercitados e foram ficando mais fortes e conforme parei de escrever com frequências, eles foram atrofiando. Hoje acho tudo - absolutamente tudo o que escrevo muito maçante. Sem linearidade, sem começo meio e fim, sem propósito. O que eu escrevo não tem brilho nenhum, parece que meu vocabulário é limitado e minhas estruturas gramaticais equivalentes as de uma criança de ensino fundamental. 

Um dos problemas que acho que me bloqueia é a questão da personalidade... mas esse é um tema que quero discorrer outro dia.

Como mencionei, a Patti Smith tem me inspirado muito e quero tentar aprender um pouco com ela sobre como escrever. Talvez com mudanças simples eu posso "destravar" essa habilidade que eu aprecio muito.

"Chegou à conclusão de que era um monstro, separado do resto da humanidade. Caiu sobre ele uma tristeza tremenda..."