terça-feira, 4 de janeiro de 2011

We close our eyes and another year has come and gone!

Minhas condolências ao ano que se foi, minhas saudações ao ano que se inicia.

Oi, gente! Ano novo e muitos projetos para correr atrás e realizar neste ano que nasce. Mas antes de falar sobre o que está por vir, vou fazer uma retrospectiva do que aconteceu no ano que findou.

2010 foi um ano de muitas mudanças: terminei o ensino médio... nove anos na escola, acostumado com um sistema, uma rotina característica e então, a mudança para uma faculdade. É um momento em que todas suas estruturas, todas suas fundações são desfeitas e você tem que reconstruir tudo do zero, mas agora com bases mais sólidas. Um recomeço que vai te dar um norte a sua vida.

As amizades lá acontecem mais rápido: todos compartilham algo em comum, há mais experiências de vida e uma mentalidade mais avançada o que dá uma visão mais racional das coisas. Mas elas não conseguem apagar as amizades antigas e que fazem uma falta muito grande.

Infelizmente, fui conhecer o Rafael e a Janine em um momento muito avançado e não pude desfrutar da companhia diária dos dois o tempo que eu gostaria de ter compartilhado. Passei e desperdicei quase um ano sentado ao lado do Rafael sem nunca dar um "oi" pra ele. As vezes a gente tem pessoas incríveis ao nosso lado e a gente nem percebe. E esses dois são só um pequeno recorte das pessoas que queria ter ficado mais tempo junto... a Mylena, por exemplo, foram dois anos de amizade intensa e ainda sinto que não aproveitei tempo suficiente com ela e agora as responsabilidades dificultam o reencontro com a frequência que eu gostaria. Nossa... esse ano faz 10 anos que conheço o Davi... o Jéferson tá quase alcançando essa boda também.

Em um ano o mundo se expandiu muito além do que poderia imaginar. Sai pela primeira vez de Uberaba - a primeira de muitas viagens que estão por vir. Conheci muita gente nova, aprendi muitas coisas, vi outras tantas, escutei inúmeras. Passei nove anos louco pra sair da escola e quando saí voltei e adorei... dar aulas não foi tão ruim quanto imaginei. Quando se está do lado de lá a visão muda.

Na verdade, sempre que a gente muda de lugar a perspectiva muda. Quando minhas estruturas foram desfeitas e eu tive que recomeçar a reconstruí-las, tijolo por tijolo, pude rever tudo o que havia feito até agora, olhar no passado e analisar todos os meus valores e ações e construir um agora melhor e ter uma visão mais real do futuro.

Bom, vejamos quais foram minhas metas para 2010 e no que elas resultaram:

Entrar na Faculdade - cumprido

Foi um pouco difícil, muita ansiedade mas entrei na UFTM. Fiz dois semestres fantásticos, o segundo foi bastante sofrido e cheguei a pegar um exame (que graças a Aslam, consegui passar), mas tenho que admitir que estou adorando tudo isso. É até meio sádico. E preciso ressaltar que o curso de Letras da UFTM foi avaliado pelo MEC agora no final do ano e recebeu nota máxima!

Arrumar uma fonte de renda - cumprido

Logo de cara, no primeiro período, consegui minha bolsa de iniciação à docência - a maior bolsa da faculdade. Faço pouco e recebo muito (se bem que quanto mais a gente ganha, mais a gente precisa) e esse ano eu prometo investir melhor o meu dinheiro...

Sair de casa - não deu

É, acho que pensei muito alto quando coloquei essa meta. Fazer faculdade, curso e trabalhar ocupa muito tempo e uma bolsa de merda não é o suficiente pra seguir a vida sozinho. No final de 2009 achava que seria uma meta bastante fácil de se realizar, bastava um pouquinho de empenho. Hoje vejo que não é tão simples assim e não sei se ela vai ser possível de ser alcançada nos próximos três anos.

Arrumar bens materiais - cumprido

Celular novo, uma pequena fortuna em livros, objetos avulsos que não vou listar agora. Agora, este ano, quero investir em coisas maiores e mais caras...

Ler Mais - cumprido

Queria ter lido mais - e pretendo fazer isso este ano. Só não quero ficar um final de semana inteiro na cama lendo um livro super chato pra fazer uma puta prova de Teoria da Literatura no dia seguinte. Nunca mais.

VPA no Cinema - cumprido

Ai, ai... vou reproduzir uma crítica que havia escrito sobre o filme. Já faz algum tempo que a escrevi e já assisti ao filme outras vezes e mudei minha opinião positivamente sobre alguns aspectos.

No começo da semana fui convidado a participar do podcast do site Cinema com Rapadura, o RapaduraCast, representando o MundoNarnia e todos os fãs da série. Durante o programa me solicitaram que desse uma nota para o filme As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada que estreou em todo o território nacional (e em boa parte do mundo) na última sexta-feira, dia 10. Naquele momento classifiquei o filme com uma nota sete em dez, embora tenha ressaltado que esta nota poderia ser modificada quando assistisse ao filme em seu formato 2D. Hoje tive a oportunidade de assistir a película sem ser no formato 3D e me sinto mais a vontade para criticar o filme e, como prometido, reformular a nota.  Então, depois de cinco dias da estreia do filme farei minha crítica sobre ele.

Peregrino da Alvorada é considerado um dos melhores (se não o melhor) livro da série segundo muitos fãs (e estou no meio desses) e por a história ser tão boa é difícil aceitar que os roteiristas a modifiquem. O problema é que a história é boa no livro e, quando transportada para outro tipo de mídia, não tem o mesmo efeito – e ai sobrou para os coitados dos roteiristas - e foram muitos trabalhando no roteiro que teve versão final escrita por Christopher Markus , Stephen McFeely e Michael Petroni – tentarem reescrever a história de maneira que ficasse boa na telona mas ao mesmo tempo agradasse aos fãs do livro. Vale lembrar também que não adianta o roteiro ser incrível, tem que condizer com o orçamento da produção – e o de Peregrino foi consideravelmente reduzido para $140 milhões de dólares em comparação com os $200 de Príncipe Caspian, o que limita bastante os movimentos dos roteiristas. Entretanto, o trio conseguiu escrever um filme, mesmo diferente do livro, muito parecido com ele.

O ritmo do filme é bastante acelerado, não abre brecha para você respirar e todas as cenas são essenciais para a história. Esse ritmo é a única coisa negativa no filme... fica aquela vontade de ter mais tempo para apreciar os belíssimos cenários que, evidentemente, tiveram todos os pormenores feitos com atenção e amor. As batalhas nas Ilhas Solitárias também são afetadas pelo ritmo corrido – lutas incrivelmente bem coreografadas e criativas, mas muito rápidas. O filme começa a desacelerar na Ilha do Mago, onde os protagonistas são informados de seu destino.

As cenas criadas pelos roteiristas substituíram outras do livro de forma muito dignas e equivalentes – e relevantes, não só para a história de Peregrino como para as histórias de possíveis futuros filmes da série – criando momentos muito emocionantes. Sob a direção de Michael Apted a produção foi feliz: os efeitos visuais estão impecáveis (com alguns deslizes aqui e e ali em alguns momentos com a neblina verde – que na minha opinião, em muitos momentos era desnecessário ela aparecer durante toda a sequencia), os figurinos assinados por Isis Mussenden não são inferiores aos dos outros filmes, a trilha sonora de David Arnold não é tão ousada quanto a de Harry Gregson-Williams mas traz toda emoção sem se sobressair ao filme, as atuações de todos os protagonistas estão notavelmente melhores (com destaque para a Georgie Henley e Ben Barnes).

Desde que assisti O Filho de Rambow tive confiança no ator Will Poulter para fazer o Eustáquio. Ele não só superou minhas expectativas como se mostrou digno de segurar Cadeira de Prata sozinho, sem a ajuda dos Pevensie.  Poulter rouba a cena, seja como menino ou como dragão – ele e Ripchip foram os astros deste episódio.

Após rever o filme mudo minha nota de 7 para 10. Peregrino trouxe a essência do livro de forma muito pura e conseguiu transmitir a mesma sensação que o livro. A Ilha Negra e a serpente do filme me fez reviver o mesmo medo e pânico que senti  quando li essas passagens no livro (a propósito, foi blasfêmia dos críticos falarem que a Serpente ia assustas as crianças de 10 anos – aquela serpente é de assustar marmanjos sim! E a cada hora ela ia ficando mais assustadora e nojenta. Quando ela se abre... refiro nem comentar). Os créditos finais coma s ilustrações oficiais de Pauline Baynes foi uma nostalgia a parte.

O final do filme é emocionante, não só a despedida de Nárnia (praticamente idêntica ao livro), a transição de volta a Terra (palmas para a equipe de efeitos visuais e especiais), mas também o discurso do Eustáquio que fecha a história falando a verdade: Nárnia sentirá falta dos reis e rainhas para sempre - até o fim... não só Nárnia sentirá saudades dos Pevensies, como nós também, porque agora quem segue o caminho é só Eustáquio Mísero (que agora não merece mais esse nome) e Jill Pole. Que venha A Cadeira de Prata.

Anúnciar a morte de Oscar Niemeyer - nem fudendo consigo

Já desisti dessa meta...

2010 foi um ano com muitos altos e alguns baixos e foi muito bom. Retomarei esse assunto em um próximo blog onde farei meus planos para este belo ano que se inicia.

Até mais.

"Chegou à conclusão de que era um monstro, separado do resto da humanidade. Caiu sobre ele uma tristeza tremenda..."