segunda-feira, 21 de abril de 2014

Trabalhos e planos pra depois

Hell-o, Wie gehts?

Atualmente acredito que meu maior defeito é a procrastinação/preguiça. E se somar minha falta de concentração/foco a isso temos o desastre total. Procrastino para começar a fazer o que preciso, ai quando já não dá mais pra enrolar, faço correndo, mal feito ou pela metade só para falar que fiz.

O que mais me deixa chateado é que eu procrastino, mas sem fazer nada. Eu assisto muitas séries, elas são minha maior desculpa para deixar de fazer alguma coisa, só que estou tão atualizado em todas elas que pra procrastinar eu fico fazendo nada. Ando de um lado pro outro pela casa, abre o Facebook, tento cochilar... coisas assim. Realmente desperdiço o tempo.

E cheguei a um momento da vida que procrastinar já não é opção. Esse tem que ser meu último semestre na faculdade e tenho um TCC pra terminar e duas matérias dificílimas que precisam de horas de estudo por semana para que eu consiga passar. E agora tenho um trabalho.

Falando em trabalho, preciso desabafar um pouco. A escola em que trabalho é aquelas que oferecem cursos profissionalizantes, aquelas que vão as escolas distribuem panfletos, sorteiam alguns alunos para ganharem "descontos', etc... é uma escola que está interessada em ganhar dinheiro e nem aí com o ensino. Sem querer me gabar, mas sou o único lá que é realmente professor (ou o mais perto disso, já que ainda não me formei). É um lugar complicado porque a direção não dá o suporte necessário para que eu faça as aulas.

Esses dias, por exemplo, eles decidiram (sem me avisar nem nada) juntar duas turmas: cada turma usa um livro diferente e cada uma está em um nível diferente. Não sei qual critérios usaram para juntar as turmas, simplesmente fizeram isso. Depois de um mês dando aula, marquei as provas com duas semanas de antecedência: uma semana faríamos uma revisão e na outra faríamos a prova. No dia da prova a diretora chega com alunos novos... Fiquei em uma situação horrível: não dar a prova não era opção pra mim, eu não podia dar matéria para os alunos novos porque ia atrapalhar quem estava fazendo a prova e nem podia fazer mágia e tirar uma atividade de dentro da cartola. Decidi por mandar os novatos fazerem um desenho (que seria usado na aula seguinte para aprender vocabulário de partes do corpo humano). Depois a diretora veio reclamar comigo dizendo que eu não podia só dar desenho para os alunos fazerem. Não é a toa que nenhum professor de nenhuma matéria fica lá por muito tempo. É normal o empregado não gostar do patrão, não é?

Anda pensando cada dia mais em tentar fazer o mestrado no exterior. Minha professora me incentivou a isso dizendo pra eu aproveitar enquanto sou jovem, não tenho filhos (não pretendo ter), etc. Ficar um tempo no exterior seria incrível, uma experiência engrandecedora e bem vinda num momento em que quero muito crescer e ficar independente. Mas teria que ser como bolsista, não acredito que conseguiria me sustentar sem auxilio no exterior. Primeiro tenho que me endireitar, parar com a procrastinação, estudar muito e terminar a graduação. Depois tenho que decidir que linha de pesquisa seguir. Talvez algo com literatura inglesa. A literatura africana me chamou muito a atenção assim como a indiana. Por fim, depois da linha de pesquisa decidida, escolheria para onde ir. Portugal tem universidades legais com estudos sobre literatura africana, Reino Unido seria encantador... vou tentar procurar mestrado pleno no exterior e também os chamados sanduíche. Qualquer um serve, eu conhecendo lugares novos me dou por satisfeito.

Uma das minhas próximas metas é aprender a andar de ônibus. Faço tudo a pé, mas quero mais agilidade e o ônibus pode me favorecer isso por enquanto. Por enquanto, porque vou começar a cobrar minha mãe a carteira de motorista que ela disse que ia pagar pra mim e espero poder pegar um carro muito em breve (quando for pro mestrado acredito que vou precisar muito disso).

Tem outras coisinhas que quero dizer, mas vou deixar pra outro dia pro post não ficar muito grande.

"Chegou à conclusão de que era um monstro, separado do resto da humanidade. Caiu sobre ele uma tristeza tremenda..."