segunda-feira, 14 de maio de 2012

Maternidade

It`s not the end
Not the kingdom come
It is the journey that matters,
 the distant wanderer

 Hell-o. Hoje estou menos amargo que na última vez em que dei as caras por aqui. Naquele momento eu estava prestes a fazer uma prova que seria bem difícil - e foi. E agora que sei que estou bem fudido tenho mais tempo para cultivar as azaleias em meu coração.


Revisitando as minhas metas para o ano de 2012 - metas as quais boa parte já não fiz como havia planejado (mas queixo pra cima e bora tentar recuperar o tempo perdido) - esse final de semana coloquei em prática mais uma delas. As viagens. Na sexta-feira pela manhã fui para Uberlândia e a noite para São Paulo. Duas viagens em um só dia: um record para mim.

Fui a um simpósio na UFU. Nunca havia estado em Uberlândia anteriormente e não tive a possibilidade de dar uma volta pela cidade, mas a UFU foi a primeira universidade em que estive sem ser a UFTM ou a Uniube (não sei se pode-se colocar o IFET aqui também) - e quer saber, é um lugar agradável. Trouxe-me pensamentos sobre o futuro, sobre o meu mestrado. A UFTM vai abrir mestrado (talvez) ainda esse ano, mas não tenho certeza se é bom ser a primeira "turma". Tenho plena consciência da competência dos professores e da capacidade deles... porém, as universidades "de fora" já são conceituadas e podem me proporcionar um futuro mais garantido. É algo em que ainda terei que pensar.

Fotografa meu cabelo na ida para Uberlandia


A viagem para São Paulo foi organizada pelo PET Letras, visitamos o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca e o MASP. O ônibus era bastante confortável para os padrões de ônibus de excursão - mas dentro do conforto que um ônibus de excursão pode oferecer ainda é desconfortável - o banco nunca inclina o suficiente, a temperatura varia desagradavelmente, o motorista parece não acelerar até o permitido e sempre tem um grupo de passageiros efusivos prontos para cantar MPB.

Mesmo a viagem tendo sido "bate e volta" consegui aproveitar muito mais do que da última vez em que fui e me demorei hospedado no hotel. Já havia ido ao Museu da Língua Portuguesa - mas na ocasião chegamos atrasados e não conseguimos ver algumas das atrações. A experiência dessa vez foi completa, com direito a assistir o filme e entrar na sala de projeções, um ambiente lindo.

Também já havia estado na Pinacoteca e assim como a segunda visita ao Musei da Língua Portuguesa, a segunda visita a Pinacoteca foi melhor. Na primeira vez havia uma exposição de objetos Astecas e tudo parecia bijuteria pintada com purpurina dourada. Dessa vez haviam exposição de pinturas de não-sei-qual-autor que, em sua maioria, eram sobre a época da colonização brasileira, um tema o qual atualmente estou estudando em Literatura Brasileira I - e assim consegui dialogar meus estudos com as obras.

Rosa e Azul
O MASP foi o ponto alto da viagem, foi uma experiência incrível. Uma pena não ser permitido tirar fotos lá dentro. Havia diversas exposições de pinturas de pintoras famosíssimos, muitas das quais já havia visto diversas vezes nos meus livros didáticos da época de colegial. Van Gogh, Pierre-Auguste Renoir, Hieronymus Bosch, Sandro Botticelli, Giorgio de Chirico, entre muitos outros. Tive a oportunidade de observar uma coisa que sempre quis: a textura dos quadros. As camadas de tinta, as pinceladas... Por exemplo, as pinturas de Van Gugh lembraram me aquelas artes que fazíamos na escola com cola colorida nos contornos das figuras... os quadros dele são grossos de tinta. Rosa e Azul de Noir também estava lá. A obra tem uma textura incrível.

 Essa excursão teve seus problemas. Por exemplo, os dois professores que foram não deram a mínima para os alunos, não fizeram uma visita guiada ou coisa do tipo. Se fosse o professor que me orienta no TCC a viagem teria sido mágica, pois tenho certeza que ele iria nos dizer tudo sobre as pinturas. Mas como foi o professor de Teoria da Literatura (aquele que me reprovou por 2 décimos), que já tem uma reputação bem manchada, não dava para esperar muita coisa. Durante as visitações aos museus ele escapou para botecos. Enquanto isso a professora de Espanhol que também foi, ficou fumando uma coisa que não consegui identificar se era cigarro de palha ou baseado. Não achei isso postura de professores. Que deselegância.

Meu capital permitiu que eu trouxesse apenas um postal como lembrança e um para o meu professor-orientador. Fiquei tentado a comprar um caneca na Pinacoteca, mas não tinham na cor azul e as camisetas estavam a um preço que pode ser considerado abuso de travesti. Provavelmente voltarei lá durante a Bienal do Livro, e espero com mais verba e que tenha a caneca na cor azul.

Fotografa meu cabelo todo cagado depois de muitos quilometros de estrada.
That's all, Folks!

Um comentário:


"Chegou à conclusão de que era um monstro, separado do resto da humanidade. Caiu sobre ele uma tristeza tremenda..."